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De portas abertas, empresa é chance de recomeço para 3 mil presos

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Adriana Alves Coelho, 41 anos, fala com o entusiasmo de quem acredita em recomeços. Depois da turbulência da condenação por tráfico de drogas e de ficar atrás das grades, ela viu a vida se refazer: tem emprego, cursa faculdade e comemorou a vitória do filho formado engenheiro.

O fio condutor para as conquistas foi a oportunidade de trabalho, aberta quando já não acreditava que poderia ter espaço na economia formal. “Quando passei para o semiaberto, não sabia o que ia fazer, estava perdida. Essa vaga na Engepar caiu do céu. Comecei a trabalhar na copa. Abracei a oportunidade e foi uma benção na minha vida”, conta Adriana.

Ela trabalha na Engepar Engenharia e Participações há quatro anos. Nesse período, o filho fez faculdade de engenharia e hoje também é funcionário a empresa.

Com atuação nas áreas de habitação, infraestrutura, indústria e energia, a Engepar abre as portas para oferecer oportunidade aos presos desde 2012, em Campo Grande e Dourados. Os números são expressivos: três mil reeducandos trabalharam em obras da empresa.

“É gente com muita garra e profissionalismo. Pessoas esforçadas que, encontrando ambiente favorável, podem prestar serviços a empresas, se inserindo no contexto social. Nesses bons anos, muita gente passou por nossa empresa. Muitos ficaram e são funcionários antigos”, afirma o sócio-proprietário da Engepar, Carlos Clementino.

A mão de obra é utilizada nas obras de construção civil e infraestrutura. As vagas mais comuns são para servente e ajudante. Mas também há espaço para quem tem experiência como pedreiro ou carpinteiro. “É importante que as empresas possam abrir essas oportunidades”, afirma Clementino, sobre as ações de responsabilidade social.

Atualmente, a Engepar oferece trabalho para 70 presos do regime semiaberto. No pico de contratações, a empresa recebeu 250 internos.

Recursos Humanos – Em Campo Grande, o encaminhamento dos reeducando para vagas em empresas é feito pelo Conselho da Comunidade.

“A Engepar é uma grande parceira e de muitos anos”, afirma o secretário-executivo e um dos fundadores do conselho, Nereu Rios. Nesta modalidade de contratação, não há encargos trabalhistas, reduzindo custos ao empregador.

De acordo com Nereu, a empresa contratante paga salário mínimo, vale-transporte e alimentação, além de fornecer EPI (Equipamento de Proteção Individual).

“Hoje, a reincidência de quem está no projeto é de 5% a 8%. A maior parte das pessoas no cumprimento de pena precisa de oportunidade. A nossa sociedade é um pouco preconceituosa e o conselho faz o papel de recursos humanos”, afirma Nereu.

O Conselho da Comunidade emite a nota fiscal, recebe o pagamento dos reeducandos e encaminha os valores aos presos por meio de cheques nominais.

“A cada três dias trabalhados, tem a remição de um dia da pena. É vantajoso para todos os lados. Cada um trabalhando é menos um delinquindo. Hoje, graças a Deus o empresariado é que nos procura”, salienta o secretário-executivo do Conselho da Comunidade. Em Dourados, os presos são encaminhados para vagas de trabalho pelo Patronato Penitenciário.

Reinserção – De acordo com a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), o trabalho é visto como ferramenta essencial à reinserção do reeducando e do egresso no convívio social e, por consequência , ao afastamento da criminalidade.

Atualmente, o sistema penitenciário de Mato Grosso do Sul tem 17,5 mil internos, entre homens e mulheres. Do total, 30% desenvolvem alguma atividade laboral por meio de parceria com 180 empresas.

fonte: https://www.campograndenews.com.br/conteudo-patrocinado/de-portas-abertas-empresa-e-chance-de-recomeco-para-3-mil-presos

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Adriana Alves Coelho, 41 anos, fala com o entusiasmo de quem acredita em recomeços. Depois da turbulência da condenação por tráfico de drogas e de ficar atrás das grades, ela viu a vida se refazer: tem emprego, cursa faculdade e comemorou a vitória do filho formado engenheiro.

O fio condutor para as conquistas foi a oportunidade de trabalho, aberta quando já não acreditava que poderia ter espaço na economia formal. “Quando passei para o semiaberto, não sabia o que ia fazer, estava perdida. Essa vaga na Engepar caiu do céu. Comecei a trabalhar na copa. Abracei a oportunidade e foi uma benção na minha vida”, conta Adriana.

Ela trabalha na Engepar Engenharia e Participações há quatro anos. Nesse período, o filho fez faculdade de engenharia e hoje também é funcionário a empresa.

Com atuação nas áreas de habitação, infraestrutura, indústria e energia, a Engepar abre as portas para oferecer oportunidade aos presos desde 2012, em Campo Grande e Dourados. Os números são expressivos: três mil reeducandos trabalharam em obras da empresa.

“É gente com muita garra e profissionalismo. Pessoas esforçadas que, encontrando ambiente favorável, podem prestar serviços a empresas, se inserindo no contexto social. Nesses bons anos, muita gente passou por nossa empresa. Muitos ficaram e são funcionários antigos”, afirma o sócio-proprietário da Engepar, Carlos Clementino.

A mão de obra é utilizada nas obras de construção civil e infraestrutura. As vagas mais comuns são para servente e ajudante. Mas também há espaço para quem tem experiência como pedreiro ou carpinteiro. “É importante que as empresas possam abrir essas oportunidades”, afirma Clementino, sobre as ações de responsabilidade social.

Atualmente, a Engepar oferece trabalho para 70 presos do regime semiaberto. No pico de contratações, a empresa recebeu 250 internos.

Recursos Humanos – Em Campo Grande, o encaminhamento dos reeducando para vagas em empresas é feito pelo Conselho da Comunidade.

“A Engepar é uma grande parceira e de muitos anos”, afirma o secretário-executivo e um dos fundadores do conselho, Nereu Rios. Nesta modalidade de contratação, não há encargos trabalhistas, reduzindo custos ao empregador.

De acordo com Nereu, a empresa contratante paga salário mínimo, vale-transporte e alimentação, além de fornecer EPI (Equipamento de Proteção Individual).

“Hoje, a reincidência de quem está no projeto é de 5% a 8%. A maior parte das pessoas no cumprimento de pena precisa de oportunidade. A nossa sociedade é um pouco preconceituosa e o conselho faz o papel de recursos humanos”, afirma Nereu.

O Conselho da Comunidade emite a nota fiscal, recebe o pagamento dos reeducandos e encaminha os valores aos presos por meio de cheques nominais.

“A cada três dias trabalhados, tem a remição de um dia da pena. É vantajoso para todos os lados. Cada um trabalhando é menos um delinquindo. Hoje, graças a Deus o empresariado é que nos procura”, salienta o secretário-executivo do Conselho da Comunidade. Em Dourados, os presos são encaminhados para vagas de trabalho pelo Patronato Penitenciário.

Reinserção – De acordo com a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), o trabalho é visto como ferramenta essencial à reinserção do reeducando e do egresso no convívio social e, por consequência , ao afastamento da criminalidade.

Atualmente, o sistema penitenciário de Mato Grosso do Sul tem 17,5 mil internos, entre homens e mulheres. Do total, 30% desenvolvem alguma atividade laboral por meio de parceria com 180 empresas.

fonte: https://www.campograndenews.com.br/conteudo-patrocinado/de-portas-abertas-empresa-e-chance-de-recomeco-para-3-mil-presos